Até santidade eu quero agora. Quando ela me encontra sou obrigado a trocar minhas roupas de baixo, tamanho descuido que meu corpo tem diante dela. Até manga e pupunha considero; outros muitos vegetais exóticos por alimento e cafés da tarde com sua mãe. Quando ela me deixa a postos para suas falas de assalto, desdobro; tamanha a fúria com que se soltam meus órgãos. Até benzer e suar na Antártida posso, depois que ela me possui em verbo, corpo e atualidade. Quando ela me deflora, seca que só ela por novas esquinas dentro do meu peito, rogo; tamanha a entrega de agora ou nunca que me rouba do mundo diante dela. Até penso que sou alado. Até concorro a galã de quermesse. Até advogo que diabos e querubins são todos da mesma espécie de fugitivos. Quando ela me diz estar apaixonada, não digo nada, porque tudo quanto tenho a dizer, dizem meus olhos evoluindo líquidos até constatarem que nada há a dizer, senão o que já foi dito. Até finjo que estou em mim mesmo, tamanha a felicidade de tê-la ouvido. J.M.N.
Um comentário:
Felicidade transbordando e bonito de se ver/ler!
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