Meu corpo resulta, expresso em miríades de letras e adornos corpóreos da entrega dela. Mínimos insetos caminhando por sobre. A carne, esta única que me configura, está inteiramente doada. Caçoando do expresso desdém dos fugitivos que buscam no derrubar de muros ganhar o livre de todos os homens sem saber que a liberdade reside dentro de uma respiração perfumada de pertencimento, estejamos em cárcere, estejamos em mar aberto. Este sentido que me é novidade apela. Aos desconformes que ainda se me acrescentam – heráldica e genealogia. Porém, desistentes, eles agora se comovem por estarem errados, por estarem desconexos. Por não serem devidos. Eu rio da loucura que se ancora. Dessa insuspeita radiação terrena que é sua pegada em minha humanidade. Cujo desenrolar descortina caminhos e altera os rumos de minha paternidade, de minha filiação, enfim, de minha ligação com o antes, o depois, o lugar algum. Perpétuo. É o que desejo deste sentido novo que me assume e retifica. É o que espero desse badalo altíssimo que inaugura campanários em meus sonhos. Que confirma o que me diziam sobre o amor e eu, menino, achava que era apenas o toque da grama sob meus pés, a mão de minha ama sobre meu choro, a afirmação dela sobre um futuro muito além daquele cultivo irracional de silêncios. J.M.N.
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