segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aonde quiseres

O alto da minha voz te grita espécie um pedido de mais vida
Antes de vir tateias a sombra que eu faço, um junco te convence
e aterras tuas tralhas a arder em salvação operária, permanente
Mamãe me avisou que seria assim, suficiente quando chegasse
o interior todo revoltado, acometido que todo em festa está
Fogo encantado que sempre esperei no jardim de casa, a janela
aberta em passagem, a libertar meus cabelos emaranhados
Meu corpo impúbere grita a demasia da tua estada, convergente
Ademais, a terça parte da minha alma se aquece ebulindo adeuses
ao vago dantes ornado, minha língua sabendo a manjares
És aquilo acontecido entre as paredes da casa, entre os pilares
da Terra, minha antiguidade recente, abocanhada no arfar da espera
Estarei sempre inconteste, presidente de nada, minha autoridade
sentada sem pressa a te ver passar, indo e vindo constante
Tendo-me paço, para chegar aonde quiseres. J.M.N.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dá para sentir quase o que sentes... Muito intenso esses textos. Adoro vir ao blog, já indiquei a um monte de amigos.

Parabéns!

Bruna