Fujo ainda aos clérigos e seus dogmas, porquanto espio a intenção verdadeira a partir de outro mirante, o amor. Sagrado que reúne homem e poema num mesmo culto especial ao Pai. Poderes imanentes e emancipados. Sou todo ouvidos ao que me queima agora. Como cobrar de quem não tinha o que não me deu? Perdoo, que somente assim ando mais limpo. Perdoo-me, que somente assim posso continuar. Também não tinha muitas parcerias com flores e delicadezas. Às vezes, exigia demais, minorado pela matéria pútrida do avesso, aqueles canais abertos a todo tipo de opressão que me saíam dos poros. Hoje somente rasantes em áreas desabitadas. Não há batalhas campais, meus jogos estão entre paredes. Já me dói menos o reboco do tempo. Meu corpo chia, porém resiste que seu problema nunca foi o acumular dos anos, mas a quilometragem. Minha máquina redime o cansaço dos que batalharam por mim e, por conseguinte, dos meus sistemas a trabalhar vergonhas e esquecimento. Hoje o dia nasce e tudo cheira a novidade. Parece mesmo que ando fora de mim. J.M.N.
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