Quando achei que entendia, a lâmina dele separou minhas linhas. Escrevo agora sobre passados feridos e futuros sonhados, com gosto de erro, com sumo de glória. Apenas tempos improváveis de reter ou impossíveis de retomar.
Quando encontrei a melodia, canção nenhuma me ocorreu. Tudo parou derramado e franco. Aberto ao ar do deserto, à fúria dos mares nórdicos, à cartografia enganada dos céticos. Faço agora meu sustento de vento, meus planos de memória e saudações febris.
Quando achei que encontrara a carne certa, aprumada entre o beijo e o desejo de retesar-se entregue, impetuosa, acabou-me o tento, não prescrevi dia depois para aquele achado. E aurora nenhuma encurtou minha ilusão, tampouco livros e vernáculos opuseram ideias de solidão e pena.
Quando achei que despertava de um pesadelo, à presença divina de um anjo ou deles todos, nosso beijo acabou. Meu tempo não se conforma com esse desassossego. J.M.N.
Trilha sonora…
3 comentários:
Pegou pesado, hein. PQP.rsrsrs
A música é perfeita.
Menina Isolda, por onde andas? Saudades...
J.Mattos
Ando por aqui e por acolá. Ainda na paulicéia desvairada...quando vens dar o ar da graça e respirar um pouco de poluição comigo aqui? Sempre venho respirar bons ares aqui no teu blog! Saudades também! Beijos no coração!
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