terça-feira, 24 de maio de 2011

O tempo é o mesmo, o beijo é que acabou

Quando achei que entendia, a lâmina dele separou minhas linhas. Escrevo agora sobre passados feridos e futuros sonhados, com gosto de erro, com sumo de glória. Apenas tempos improváveis de reter ou impossíveis de retomar.

Quando encontrei a melodia, canção nenhuma me ocorreu. Tudo parou derramado e franco. Aberto ao ar do deserto, à fúria dos mares nórdicos, à cartografia enganada dos céticos. Faço agora meu sustento de vento, meus planos de memória e saudações febris.

Quando achei que encontrara a carne certa, aprumada entre o beijo e o desejo de retesar-se entregue, impetuosa, acabou-me o tento, não prescrevi dia depois para aquele achado. E aurora nenhuma encurtou minha ilusão, tampouco livros e vernáculos opuseram ideias de solidão e pena.

Quando achei que despertava de um pesadelo, à presença divina de um anjo ou deles todos, nosso beijo acabou. Meu tempo não se conforma com esse desassossego. J.M.N.

Trilha sonora…

3 comentários:

Isoldinha disse...

Pegou pesado, hein. PQP.rsrsrs
A música é perfeita.

Palavra de Ontem disse...

Menina Isolda, por onde andas? Saudades...

J.Mattos

Isoldinha disse...

Ando por aqui e por acolá. Ainda na paulicéia desvairada...quando vens dar o ar da graça e respirar um pouco de poluição comigo aqui? Sempre venho respirar bons ares aqui no teu blog! Saudades também! Beijos no coração!