À guisa de infinitos sentidos bem dentro.
Envolto no corpo da pedra, quieto, enlevado por silêncio e calma. A pedra se consuma infinitamente sobre meu aspecto e liga. Sou um cobertor biodegradável para ela.
O verde me acompanha de perto, quer tornar-se história da pedra a qual encapsulo. Mostro o leite tirado das suas eras. A pedra me retribui com uma buganvília caída ali perto.
Em estado de para sempre é que amorno meus dentes que se abrem às vantagens da vida. Sou da pedra, momentâneo infinito parado na terra. Quem me morde é o ar de em redor.
Nada prende essa instância universal de todos os caminhos – a pedra. E, no entanto, ela dura o tempo de uma perda ou um amor e mais a frente. Deixo-a agora sob a lua que se pende nela.
Eu desgarrado dela, não fujo, não faço cena. Ainda estará quando arco-íris e potros desvendarem a vida. Vou andando bem quieto...
... que essa possibilidade de tranquilo, nasceu naquele abraço que parecia nunca terminar entre a gente. Foi a pedra e sua sabedoria que abriu o caminho em que vou agora. J.M.N.
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