quarta-feira, 18 de maio de 2011

É como a vela ao sabor do vento, estar nesse barco...

... é nunca saber. Não há compreensão possível. Vem e vai como as horas, inexorável. Entorna as bilhas com água límpida e dá câimbra, agonia. Cresce como essa revolta dos séculos, mil homens apostos para o combate que nunca inicia. Temor pelo devir, os olhos costuram céu e terra no mesmo tecido que não nos protegerá do frio. Ele virá. Mais rápido que a ocasião em que me expulsaste da tua vida. Esse frio metálico e continuo que é a própria fornalha da solidão. Por amor aquilo que julgo agora ser teu e de mais ninguém, não há pedidos ou vontades. Há sim essa espera aturdida, mas ágil, onde cabem movimentos perfeitos como seus dedos alinhando os cabelos, com a displicência que apenas essa minha letargia afoita permite ver. J.M.N.

Para ler ouvindo…

3 comentários:

Fabiano disse...

Por que ler o texto ouvindo a música transforma a experiência? (mais uma banda pra pesquisar...)

José Mattos disse...

Meu amigo,

Honrado em tê-lo por essas bandas.
Procure mesmo que não vai se arrepender. Ou, se quiseres, podemos marcar um dia para gravar essas coisas lá em casa.

Abs,

JMattos

Isoldinha disse...

Tindersticks foi uma das bandas que conheci através de ti, do Dudu e do Guga.Vale a pena sempre ter na playlist!