segunda-feira, 30 de maio de 2011

Nunca que te conhecia

Para ela que bagunçou meu fim de semana

Descobri de onde achava que te conhecia. Era do encontro explodindo tufos de vento sentido, uma alegria nascida do que não tinha de certezas a teu respeito. No fim das contas, nasceras do que me faltava e eu nem sabia. E quando encontrei, aventei-me a possibilidade de saber-te antes do susto, antes da primeira vez.

O maravilhoso em mel acontecendo nas entranhas. Estranhamente confortável ao teu sorriso. Vago, arriscado, quase um abismo cavado às pressas para que eu sumisse e comigo toda a vergonha do mundo por ter sido novamente pego de surpresa. Fizeste nascer uma esperança de seta apontada ao meu centro, de flama ardida em temperaturas solares.

Quase nem ouvi quando me contaste da tua casa, do teu compromisso. Meus limites, ainda bem, me impedem de sentenciar morte ou eternidade. E nesse presente assuntoso e encorajador, no qual me distraio à sombra dos séculos, fizeste casa. Uma presença que me suspende, me desregula imensamente.

Naquele dia sai calçando sapatos de vento. Embaixo de mim, por todo o caminho, airado desespero de reencontro, humílimo convite ao delito. J.M.N.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo texto...
Parabéns!

Anônimo disse...

Que e iiiisso meu amigo? Finalmente alguem se aproxima?
Que texto lindo.

MD