segunda-feira, 16 de maio de 2011

Exercício de péssima literatura

A milhas daqui existe um lugar em que as coisas caem do céu, com efeito, sobre todas as suas expectativas frustradas. São pedações de imaginação e confeitos ao estilo bolo de noiva. Um constrangimento, diga-se. Parecem aqueles sonhos de autoajuda que dizem todos, no fim das contas, que as pessoas são estúpidas e que a vida é isso mesmo, resta sobreviver.

Nesse sítio em que espectros habitam casas e vilas e os moradores das paredes, quais sejam, os musgos, inventam histórias de alento e umidade, existe um cara que acredita piamente que será perdoado. Um obtuso procurador de felicidade, que se ocupou tanto de busca-la nos anos setenta que virou um hippie anacrônico vivendo no meio da lama e do caos, dos musgos e da vertigem que é entrar nesse lugar abandonado por todos e ao mesmo tempo, habitado por todos.

Essa espécie de delírios que me acomete as letra agora é um exercício. Costumava fazer isso quando queria escrever um romance, quando estava amando, quando perdia um disco, mas agora, que a reunião acabou e que descobri definitivamente que não quero morar onde moro, trabalhar no que trabalho e fazer, todos os dias, o mesmo maldito caminho, essas palavras confusas feito as demências do Mirisola andam parindo-se a si mesmas de maneira incontrolável.

Acho que atingi algum ponto do meu sistema nervoso e o que saiu foi esse emaranhado de notas, paixão e vaidades. Verdades, contudo. Porém, antes de dar qualquer nome, vou dizer a que me proponho: críticas ferrenhas, maldições de interlúdio, desistência dos leitores antigos e qualquer coisa que evite continuar escrevendo desse jeito, sem tom algum, apenas palavras seguindo-se ao infinito. J.M.N.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como assim pessima literatura? do cacete esse texto...

Mia