domingo, 28 de junho de 2009

Impressão

O rio me trouxe tuas desculpas
Saudades das imagens de amor
Por trás das pérolas descobertas
O crime de tirar a vida, a concha morta

Amor demais, adunca a alma
Querer estar completo é muito duro
Olhos e mãos se manifestam inseguros
Minhas pálpebras já não impedem a tua entrada

Encontro em ti o que não tenho
Por isso espero que me componhas
Não sabendo o fim dos ditos loucos
Agigantam-se as linhas da nossa história

Meu amor é um algo que se inaugura
Talvez silêncios sejam íntimos desse amor
Verdades puras já não pretendo, irrestrito
Tampouco quero a desfaçatez de uma amargura

Vem, inaugura coisas que só sei de mentira
Deixa-te criar por entre minhas paredes
Amor demais, aventuras para a vida
Amor de menos, a solidão que cuide

Opondo-te aos males que me acometem, cura
A longilínea dor que me consome agora
No nosso teto, o cruzeiro em flor explícita
Guiará, infinito, a nossa mistura J.M.N

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