"Sou do amor fulminante, como um enfarte. De perder a razão. Casar na hora, em dias, esquecer que não era possível, esquecer as dificuldades, esquecer os entraves e pormenores. Não dar tempo para criar problemas. Não dar tempo para ponderar com opiniões dos próximos. Não aceitar conselhos de ressaca, decidir ébrio e arrepender-se amando. Ultrapassar-se.[...]
Caso rápido porque nunca fui sozinho dentro de mim, porque a saliva é água potável, porque amor é urgência.
Ajeita-se a vida como pode. Um dia a menos não será depois um dia a mais.
Caso em segredo, a dois.
Beijo tem muito despudor para medo.
Não me exibo, caso.
Não faço futuro, caso logo para fazer passado."
Fulminante - Fabrício Carpinejar (em O amor esquece de começar, pp. 60 - 61.)
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