terça-feira, 15 de junho de 2010

Diário da tua ausência X

15.06.2010 (04:21h)

Vem, vamos sair pra ver o sol. Toma minha mão e me leva daqui. Não quero saber. Bem longe, bem longe. O vento vai fazer confusões nos teus cabelos. Vai dispersar o cansaço que sinto por cima dos olhos. Não importa. Morro um pouco a cada dia longe. Não quero descer deste mistério. Anda tudo como eu não queria que fosse. Amor demais. Tudo demais. O futuro antecipando-se. Fronteiras muito além de nossas alegrias.

Vem que a eventualidade deste momento não ser real já vai se cumprir. E serei apenas eu no parapeito acordado, depois de uma noite querendo tudo de novo. Não sei vigiar. Não sei cuidar o bastante. Deixei tudo por ai, não é mesmo? Repare as fotos dos meus vinte anos. Desde lá, um monte de incertezas compradas. Sou apenas aquilo que não gostarias de ter sido. E, ademais, incompleto.

Tive tudo e me perdi. Vem dizer que era preciso. Me convence de que a melhor maneira de tudo seguir sem feridas é esta distância. Ainda não estou convencido. Você tinha razão: a vida não é como a gente quer. Ela simplesmente acontece. Como um erro e mais outro. Como despertar sozinho ou não dormir nunca mais. Como sentir que sem a nossa história, tudo ficou pendente e inacabável. J.M.N.

5 comentários:

Anônimo disse...

Sempre que leio teu blog, tenho a certeza de que nele vc escreve todos os seus sentimentos e para alguém que vc ama muito. Esse amor deve ser o que inspira vc a escrever coisas algumas vezes tristes e ao mesmo tempo lindas. Adoro as coisas que vc escreve, você é maravilhoso.

Anônimo disse...

lindo, leve... como todo bom romântico J.Mattos nos oferece o confronto com nossos mais íntimos desejos e sonhos: viver um grande amor é algo esperado por todos(as). especialmente aqueles que tem alma feminina.

Mônica

Anônimo disse...

Concordo com as duas postagens anteriores. falas sobre amor, entrega e coisas lindas, mesmo que tristez as vezes. mas afinal de contas a vida é triste de vez em quando mesmo.

Adoro o blog.

Natália

Anônimo disse...

Um tanto encantador, bem leve de se ler, ora triste, ora romântico.Leitura sempre agadável.



Continuas encantando com teus textos.

Um beijo no coração.


Hellem.

José Mattos disse...

Que bom te "ver" de novo por aqui Hellem. Fazia tempo.

J.Mattos