quinta-feira, 10 de junho de 2010

Epicentro

Finalmente estou ciente da simplicidade dos fatos. Estou farto de receber indultos e excomunhões. Finalmente o mais fino risco pousou-me na página e sobre ele o nome dela não se sustenta. Queria que os últimos versos fossem os menores. Que fossem baratos os livros que porventura viesse vender. Finalmente encontro a razão de escrever e amar. Nenhuma está onde eu supunha. Más Allá. Entrementes um lume para as viradas. Noites a sós. Eu e minha pobre cobiça de beijos. Queria que a morte jogasse mais comigo. Que me desmentisse a esperança. Aventura sempre. Como ouso em meus anais, encontro a encontro. Sou eu desistindo da sorte. Sou eu vivendo amiúde. Queria tanto o menos que fosse e agora a fumaça suspende tudo quanto surge das minhas tristezas. Estas cinzas, por sua vez, vão delicadas. Voando sem dizer se voltam. Vento, vento... e a terra toda se desmonta. Estou no meio de tudo. Escritos no epicentro do nada. J.M.N.

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