quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O que não foi feito

Colheu aquele sorriso e guardou no parapeito da janela. Lembrou da liberdade na sacada do hotel, meses antes. Só podia dizer que estava feliz. Ria-se de tudo e tinha idéias alvoroçadas para as festas do fim de semana. Uma troca de palavras vagas e olhos cansados no fim do dia. Era isso que ele queria. Poder dizer-lhe para dormir bem, todas as noites - os braços ofertados desde sempre. Presságios que nem se confirmaram. Era isso que ela pensava poder ter. Alguns mal-entendidos, mas nunca a solução de adeus. Quando naquela manhã acordou sozinho, teve a estranha impressão de que os dias se tinham escrito errado. Pegou o papel e ditou-se um bilhete de amor: Espero que tenhas gostado das flores. Aquelas que eu nunca enviei. J.M.N

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá J.Mattos,

Terrível ver que as vezes não fazemos o que devemos ou queremos e ai tudo fica pela metade. Tenho vivido coisas assim ultimamente. Dá vontade de voltar no tempo e ai vejo que não posso.

De qualquer forma gosto muito do que você escreve por aqui. Mesmo que algumas vezes eu me depare com minhas próprias dificuldades.

Voltarei sempre. Um abraço,

Lu.