O nome Noé e a Baleia lhe soa familiar? Você acha que poderia ser um bom nome para uma banda? Bem, se você acha que sim, acredite, já tem uma banda com esse nome e o melhor: uma excelente banda... Se você já formou um preconceito contra o nome, pode deixar de ler aqui mesmo... Até a próxima!
Como se não bastasse o esplêndido disco de estréia - Peaceful, the world lays me down, o Noah and the Whale lança seu segundo álbum para o deleite daqueles que querem boa música e cansaram de achar que nunca mais aparecerá algo tão sofisticadinho e "chato de tão bom" que nem o Belle & Sebastian, o Camera Obscura ou Math and Phisics Club (aliás, precisamos falar desses últimos algum dia).
The First Days of Spring é realmente um achado (neste caso do Wagner, que me autorizou a escrever a respeito porque tá com preguiça de voltar a escrever no blog, né Wagner?). Anyway, o disco é uma coleção de pequenas canções brilhantes, para lembrar William Blake ao falar das coisas da primavera. Além do disco a banda inglesa lança também um vídeo a ataca de coletivo de direção, roteiro etc.
Em The first days... a banda abusa criativamente dos violinos e cellos e cria um ambiente de sala de audição de conservatórios, fornecendo àqueles mais enrustidos e taciturnos, um clima privilegiado para sofrer por amor e escrever poemas que provavelmente nunca virão a público. Serve também para quem chegou absurdamente cansado em casa, abriu uma boa garrafa de vinho e sentou na sala para ver as contas e conversar com o cônjuge.
Em seu primeiro álbum, os caras descolaram uma música que se tornou fundo musical de muitas de minhas viagens, as de estrada, pelo ar e as de cunho sentimental mesmo - the shape of my heart, a qual tive o privilégio de apresentar em uma festa recente da Se Rasgum, no café com arte. Dentre as muitas boas estrofes de suas músicas, está esta:
Oh when I look to the shape of my heart,
it's seperated only by scars,
that cut in and cut out, or leave me without,
all a heart that functions at all.
No segundo disco o destaque que proponho é: Love of an Orchestra, que entre dois instrumentais e contando com um coral, completa uma micro Carmina Burana atualizada, com toques de rock e fanfarra. Simplesmente genial.
Como aqui no Palavras, nossa intenção é apenas provocar o dileto leitor, deixamos a dica neste pé para não ficarmos insistindo na venda, a qual, acreditamos, concretizar-se-á na primeira audição. Com vocês... Noah and The Whale. J.M.N
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