Nunca houve península sem istmo:
abandono cultivado, prisão requerida,
atamento na forma de estar.
Ninguém ousa existir no além:
há saudade abrindo desertos,
a terra tragando os avessos, pessoas
requerendo nossa derme.
Nada há que não caiba no sono:
um dia vermelho, a dor de nascer sozinho,
tua vida sem mim, a minha sem ti.
Pouco há que me revista o tempo:
teu retrato ferido, tuas mãos a escolher-me,
poentes cantados a dois.
Ainda resiste a coragem de amar:
um ermo longo e composto,
verdade sem tempo ou lugar, pessoas
em forma de outrem. J.M.N
domingo, 2 de agosto de 2009
Inscrições para as pedras (do livro dos artefatos do nada)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário