quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Estórias para a razão do dia II

Meu terço inflamado não consola os santos que ofendi, não chega para os meus credos e arrependimentos. Em suma, não alcancei a santidade que queriam. Sou mais para baixo. Um pequeno triunfo das doações a que fui submetido. Estou vivo, mas não inteiro. Acho que temos o mesmo gosto escarlate. É por isso que não passa. Jamais passará. É como uma ontologia, uma marca rupestre em minha anatomia e alma. Achei os dinheiros para pedir tua mão aos teus donos e te libertar. Isso não passa nunca. Instalado, ficou adjacente às minhas escolhas e meus passos estão marcados. Espero-te em dobro agora, porque sei que quando vieres, será na medida que eu chegarei. Só, completo e radicalmente contra aquilo que todos dizem. Que assim seja. J.M.N

2 comentários:

Anônimo disse...

"Espero-te em dobro agora, porque sei que quando vieres, será na medida que eu chegarei."... essa frase é linda!

Dá a exata medida do que há entre duas pessoas que se amam e querem muito.

Maravilhoso.

Melissa

Anônimo disse...

Concordo com a Melissa,esta sua frase é linda e ressalta a justa medida da espera e entrega de duas pessoas que se amam.


De causar êxtase.