Te vejo sobre os telhados,
quando quiseres.
Andava pelo parque colhendo azaleias e dizia estar esperando Júpiter entrar em conjunção com sabe-se lá que estrela. Usava jeans e os cabelos soltos feito uma crina. Aquele ar de animal solto que me fazia desestabilizar na hora de contar minhas vantagens e me disse: isso que estamos prestes a fazer vai mudar o jeito de ser um do outro. Estava pronto para o que fosse. Ela repetiu o que me havia dito pela manhã, depois do café: a sorte que temos é impossível de se repetir. Seus cabelos agora desenhavam meus sentidos, os quais não faziam mais parte de mim. O mundo entrava por tantas frequências em meu corpo que eu apenas concedia mais açúcar e desejo aos meus membros. Juntos, corremos para encontrar os tesouros. E não tenho mais nada para contar senão isso. Este deslocado de imagens que a lembrança dela me provoca. Ela tinha razão. Tudo mudou em mim. Não tive tempo de perguntar a ela, se houvera a mudança. Com aquelas coisas simples que dizia eu me sentia acima de tudo e de todos. Amá-la foi como caminhar sobre os telhados da cidade e não ter jamais abrigo. Jamais cuidado. Libertador. J.M.N.
Trilha sonora… Neil Halstead….
2 comentários:
Puxa, a música é estimulante.
Lindo.
Bia
Cabelos soltos ao vento... Corações soltos a correrem juntos por alguns preciosos e inesquecíveis momentos um da vida do outro!! Caramaba, Neto... Tô deixando vir do coração as lágrimas... De felicidade, tristeza ou esperança?? Acho que de tudo um pouco. A minha trilha sonora foi uma música do Shadowfax que botei pra escutar qd resolvi ler este teu post...
http://www.youtube.com/watch?v=Td1D3hQyGUs
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