Te perdoo mais uma vez. Sempre te perdoarei se souberes chegar a mim com estas notícias de imensidão e coragem, de aventura e especiarias novas, recolhidas nos confins do teu mundo apenas para mim. Mais uma vez te perdoarei, caso não possas justificar teus atos enquanto choro desumanamente por tuas brutalidades recentes, mesmo assim, te perdoarei. Enquanto escreves estes teus papeis rebuscados, tuas oficinas de poemas e deuses suburbanos. Enquanto roubas minhas expectativas de te conciliar com a realidade, te perdoo. Juntamente com esta parte de mim que se encontra atirada no mapa das tuas ilhas, à deriva por tantos anos. Te perdoo e perdoarei por tudo. Apenas a uma coisa não posso perdoar. Essa única convicção que tenho não a deixarei morrer ou se encantar por teus olhos potentes e por tuas mãos que filetam minha ao mais simples toque. Não te perdoo por não teres reconhecido em mim o teu horizonte. Não te perdoo por teres me tratado por finitude, quando o que eu mais queria era saber a infinitos desde nosso primeiro beijo. J.M.N.
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