sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tudo que mais nos uniu separou

Sem alento a voz decola. É um grito. Uma revolta potentíssima desbravando a garganta e o mundo ao redor, impressionado se curva de medo. Minha força de dentro é a mesma das letras que, uma a uma, escalam-se dizendo as coisas entre vidas e amores e desilusões. O ar prepara seus truques, teus suspiros que, madrugada alta, chegam até mim como dúvidas. Fazes o certo? Saberás num instante. Jamais calarei o que começo a parir gritando agora. Resistir ao que se nos destruiria, não fosse o riso ou a distância entre os anos e nossos erros, é a verdadeira dedicação à vida. Farás contato com tranquilidade vinda dos olhos dos teus, que dirão estás enquadrada, tudo em seu devido lugar. Posso morrer de cansaço ou fome, de luta ou fuga, mas viverei para contar essas histórias, disso estou certo. Da mesma forma que veio, partiu nossa cumplicidade. Eu já não me encaixava no plano, tu já não querias sentir medo. Se não te cuidares, o peito concorda com esta última nota de apelo: vive por ti, não pelo mundo que te exige medo dos passos. Se não for pedir demais, escuta mais uma vez esta canção de amor e paz; e não cale se acaso quiseres voltar e escutar as histórias do mundo em que vivo. J.M.N.

Trilha sonora, com o poema Cautela… A obra completa dessa pequena agonia…

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