quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Notas esparsas sobre o Oscar (IV)

Toy Story 3

Pelo segundo ano consecutivo a Academia indica uma animação ao prêmio de melhor filme. Ano passado foi o excelente UP. Contudo, ainda não vejo o dia em que o Oscar principal irá pra uma animação, até porque Procurando Nemo e Mary & Max não ganharam e nem sequer foram indicados, certo?

Toy Story 3 trata de uma questão que chega a ser filosófica: o que acontece com os brinquedos depois que as crianças crescem? Neste terceiro episódio da saga iniciada em 1995, Andy já está com 15 anos e prestes a ir para a faculdade. Seus brinquedos já vinham tentando chamar sua atenção uma vez que o desejo do menino já apontava pros objetivos típicos da adolescência. Agora eles precisam decidir entre a resignação do sótão ou o risco de saírem para procurar outras crianças que resgatem suas identidades de brinquedos. Nem precisa dizer qual a opção escolhida.

O filme é cheio de aventura e histórias engraçadas (como o encontro de Ken com a Barbie), mas também é um filme muito triste. Épica e envolvente é a cena dos brinquedos dando as mãos diante da incineração que parecia inevitável.

Minha filha chorou no final. Quando olhei pro lado e divisei suas lágrimas, encontrei um segundo motivo pra chorar também. WDC

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei de todos os Toy Stories, mas o terceiro é o mais marcante. São diálogos inteligentes, personagens com personalidade, situações que nos deixam no limite entre rir e chorar (ou as duas coisas ao mesmo tempo); eu, minha filha, minha enteada e meu neto de 5 anos choramos sem alarde, de pura comoção. Nós todos devemos ter lembrado de como é dificil desapegar dos brinquedos preferidos, que sempre guardam uma história para ser lembrada e o carinho da pessoa que nos presenteou. Por isso que acho horrivel dar o brinquedo do filho sem consultá-lo. Como pais, na verdade, o brinquedo preferido do filho acaba sendo o preferido da gente também. A minha filha até hoje tem uma boneca que ganhou com 1 ano e meio de idade - hoje ela tem 14 anos. Ela diz que vai ser da filha dela. Isso é raro hoje em dia, mas significa que queremos deixar para nossos filhos o melhor de nós mesmos.

Sara Giusti

Wagner Dias Caldeira disse...

Encontrastes a descrição certa pro Toy Story. É um filme situado numa espécie de elo perdido entre a lágrima e o riso.

Anônimo disse...

Ei Wagner,

Só o Allan ainda nao assistiu..tu sabe de quem é a culpa..e dessa vez não é minha..kk

Que nada, eu quis alugar hoje e ele achou melhor alugar quando Lara estiver aqui no feriado.

Sara Giusti