terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Notas esparsas sobre o Oscar (II)

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)

Depois de assistir Cisne Negro convém dar um tempo pra névoa passar ou pode-se também assistir Minhas Mães e Meu Pai. Um filme leve, apesar de tratar de temas difíceis, como a dificuldade de se construir uma família e a hipocrisia mal disfarçada dos arranjos familiares modernos. Nesse caso o casal de lésbicas Nic (vivida por Annette Bening) e Jules (Julianne Moore levemente masculinizada) cujos filhos, concebidos por inseminação artificial, encontram o pai biológico e passam introduzi-lo na lógica familiar, o que gera uma triangulação desestabilizadora.

A diretora soube mostrar como, apesar de não tradicional, o casal ostenta todas as expectativas e preconceitos já consagrados nas famílias tradicionais. Quando os créditos começam a ser apresentados, um leve sorriso nos passa pelo rosto. Aquele sorriso de quem viajou e no retorno encontrou as crianças bem e as coisas no lugar. WDC

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse filme é bárbaro. Todos as conflitos da dinamica familiar (da dinamica do humano) estão colocados aqui, o que serve pra mostrar que nossas neuroses são universais e não privilégio dos que se dizem heteros. Alias, hoje, será que ainda cabem esses rótulos? esse filme ajuda a quebrar alguns conceitos que temos.
Quando o filme iniciou, pensei que seria pesado, que seria melodramatico, que tudo giraria em torno da questão da inseminação artificial e etc., mas não, o foco foi outro e nada ficou tão pesado.
A Annette Bening está concorrendo ao Oscar, mas achei que ela exagerou um pouco na construção do personagem. Fora isso, o filme é perfeito.

Sara Giusti

Anônimo disse...

Finalmente vocês voltaram com os comentários...
Agora sim!

Bruno Nelson