Depois de tantos anos é incrível acordar contigo. Afora o ineditismo, essa sensação de proximidade ainda sem um aperto de mão ou abraço. Imperativo que saibas que pensava em ti durante esses mais de seis mil dias de afastamento. Ainda moras nas escadas do nosso colégio sabendo à aflição pela incerteza do encontro durante as férias. Eu ia caminhando pelas ruas perto da tua casa e aguardava te encontrar tarde adentro para um beijo. Depois de tantas perguntas refeitas, de eu ter elevado à infinita potência minha dúvida em te abordar e dizer olá, simplesmente desfizeste o medo com a delicadeza que eu sabia era tua por natureza. Depois de tanto tempo sem pensar em me reencontrar com meu passado, finalmente sento ao fim da tarde e, enquanto o sol desmaia calmo, penso em ti com a devida importância, penso com todo o dentro satisfeito, ousando esperar um café ou a possibilidade de admirar alguns dos teus mais recentes desenhos. J.M.N.
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