... decidi escrever mais estas linhas. que a dor do teu dia nos aproxime. tu ai neste semblante muito avexado, com coisas meias à porta de saída e eu aqui, risos maltratados no escuro dos meus bolsos. decidi que és minha ainda, como gertrudes que nem flores são, como gametas que se nos destinam espécie e males. e antevejo sorte neste desencontro, pois quando do amor, arrebatamos nossos filhos fictícios. já sabes: esperas são os ensaios do infinito e a porta escura ainda não nos foi aberta. ouso em nome disso aliterar minhas verdades: há encontros luminosos la em marte. depois do chiste, note que a tarde é uma espécie de matriz. que retoca o desdizer destes meus passos e apreende o então dos teus finais. cumpre dizer que o tiro foi com a intenção devida e minha esquina ainda dobra com tuas pernas. venho aqui para afanar tua identidade e finalmente ter com que me reconhecer. j.m.n
7 comentários:
"Venho aqui para afanar tua identidade e finalmente ter com que me reconhecer."
... e sigamos encarando as cabeças de inseto.
Te amo.
Ai Clarice... que ofícios ardilosos nos deixaste.
Companhia eterna... Sabes disso.
Beijo.
J.Mattos
Ah, ontem lembrei tanto da nossa inesquecível quarta-feira... Queria a companhia de vcs... Tão bom se sentir compreendida! Saudades
O novo post da Clara chama-se "quarta"...
Fale Lalá,
Quando vieres para o Círio marcamos mais uma daquelas.
Beijos grandes,
J.Mattos
Adorei suas linhas,belas palavras..."venho aqui para afanar tua identidade e finalmente ter com que me reconhecer",profundo, é como uma mulher ter identidade secreta.
Hellem.
"Mas que isso [...] é ter segredos em comunhão com a saudade, onde todos os nervos falam a língua daquilo que não somos, o medo daquilo que extinguimos, a voz daquilo que adoramos. Minha história só é algo quando interpreto aquelas letras que te nomeiam."
Ótimas interlocuções... Tô gostando.
J.Mattos
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