sábado, 12 de setembro de 2009

Cinco razões para o perdão (II)

Nunca amanheceu tão desencontrada e na bagunça da casa dele, achou o cheiro que o denunciou. Perguntou sobre as bromélias e ele, displicente, ordenou ao empregado que fosse ao florista comprar girassóis. Não estava para amarelos. O que não cabia naquela sua atitude era a farsa de estar presente, seu próprio modo de ser, naquele ato tão imprudente dele. Vetou sorrisos e cumpriu sentenças. Mas nos abraços, foi infinitamente melhor. E estava lá, feito uma luz que passava, mudando a sombra dele à medida que se ia. Percebeu de pronto que o teria para sempre. J.M.N

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