terça-feira, 8 de setembro de 2009

Outra história de anteontem

Aqui estão tantas coisas que escrevi para ti. Tantas vírgulas que me fazem respirar nos momentos em que as lembranças saltam atônitas. As crônicas de minhas manhãs mudaram completamente. Não há barulho. Decisões precipitadas. Planos para aquela viagem de trabalho para o interior. Não há telefonemas de pedidos absurdos no meio das horas de labor. Por Deus, não há descanso. E mesmo as perturbações que causavas em nossa sanidade de cristal agora parecem tão menos inóspitas, pois casulos de tantos e intensos reencontros. Nunca te contei a tal história começada com os erros daquele dia estúpido e te vi fazer tantas obviedades e deteriorar tanto as memórias que apenas segui andando, cabeça em riste, olhando sabe-se lá que horizontes. Simplesmente andei adiante, esperando que um tiro ou poste me estancassem a caminhada e como nada disso aconteceu, continuo na estrada, sentindo saudade dos teus passos atropelados marcando a estrada ao meu lado. J.M.N

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo.Suas crônicas causam certa nostalgia,sensação de conforto íntimo.Muito intenso.




Hellem