quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nos encontraremos no fogo aceso da noite santa

Estou convencido da amplidão desta história. Nossa história. Cujos acordes descobertos no medo de nunca ter tido, incorporam a fala morta que é meu canto sem ti. Sinfonia desprotegida sem dissonantes. Cantatas nos lupanares de teus beijos. Mas só de lembrar me expando. Divirjo. Sou mais que muitos, um estranho. Tu me convencias de que eu era pouco. Logo depois eu te fazia descer até o teu raso e por lá passeávamos de mãos dadas. Eu de calças curtas e textos farrapos, tu em longos e sinecuras. Completando-nos. Minha roupa acostumou-se à tua rotina de estudos. Estava sempre atrás da porta, pronta para te buscar e trazer de volta pra casa. Alvenaria pouco protetora quando de nossas odes e tanques e ataques. Tinha um pacto aberto de não deixar espaços, de não cruzar esperanças. E vinhas louca, despida, acrescida de prados e estepes, de ventos e mares. Tingida no rosa do amor de carne. E eu assoprava, feito a compressão da cabine, feito o urro do touro ferido. De capa em punho me domavas, dobravas minhas vértebras até o fim. Era teu, por conseguinte, nulo. Era tudo o que querias e podias ter. E quando aconteceu de nunca mais me deixar possuído, tua nervura açoitou nossa vida e em cantos opostos procuramos a descida, rumo aos desencantos, em frente aos suores mais anis. Lembro com força de tua mão sobre minha arquitetura e de tuas entranhas tragando-me para teu útero, em cujas paredes queria aderir como um feto, em cujo descobrimento quis escrever – eu te amo. J.M.N.

Para acompanhar a leitura...

Um comentário:

Anônimo disse...

(seulement pour que s'entraîne ton Français. Et mon aussi!!!)

Mon Chéri,

Nostalgies de nos conversations très inspirées.
J'ai adoré le courrier électronique que tu as envoyé avec les photos et écrites sur Bournemouth.
Ce temps me semble très éloigné, en même temps, très fort dans ma mémoire que quelques fois je pleure de nostalgie.
Tous te saluent: Aureline, Raphal, José, Mone, Sophie, Marcelle, Gustave et Monique.
J'attends qu'un jour tu viennes Paris. Nous prendrons une capuccino et lirons Proust. Dans le meilleur style français.

J'adore mon ami.

Cordialement,

Goshia.