quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Por todos os feridos

Agora sim eu percebo. Fui tentar proteger, mas piorei tudo. Esse meu ranger de dentes foi depois que te perdi, nasceu no escorredor da raiva por ainda ter esperanças de ser teu, de seres minha. Levanto a bandeira branca. Paz enfim. Para nós dois que cursamos a mesma escola de animais feridos, de pastores órfãos e gentis larápios. Nós que nos debruçamos mais de uma vez sobre as impossibilidades apenas para sacrificar mais da coragem autêntica e irresponsável que nossos ancestrais nos puseram nas veias. Somos os tais. Fomos idiotas. Como todos os que dependem dos hormônios integrais para existir. Veja os limites que registramos em fotos. Uma chama, um coiote abatido, a lava de um vulcão passando bem próximos aos nossos pés. Mas no fim, todos saem feridos. E nós destroçados. Indo e vindo através da indecisão e da falácia. Uma última bravata: se todos se machucam, porque em nós isso parece acontecer em dobro? J.M.N.

Trilha sonora…

2 comentários:

Alyne Pinheiro disse...

Perfeito!!! Incrível como me vi no meio dos feridos citados... Talvez protagonista, ou mesmo a antagonista... Só sei que 'participei' do papel de feridos... Parabés pelo blog... Realmente, tens o direito de ter o blog como um 'filho', a 'menina dos olhos'!!!
Parabéns, Prof.!!

José Mattos disse...

Honradíssimo com sua presença.
Sempre aqui para conversas.

J.Mattos