quarta-feira, 14 de julho de 2010

Antiguíssimo Testamento

Como vale secreto, procurei teu caminho
Ponto negro, distante milhas da minha vontade
Houve aceno de esperança e barcos zarpados
Nunca a dois, diga-se – um e dois futuros
E ligaste para dizer euforias, mensagem doada
Secreta tez que ninguém mais poderia achar
Tuas amigas pedem mais companhia e vais
E vais para dentro do que supõe tua aventura
Tem de ser assim, como é com tantos
Como foi comigo – retornado das guerras e marchas
Sem sentido!
E não posso pedir que desistas
Mas posso esperar que entendas
Depois de toda Babilônia morta, em chamas
Depois dos pecados, corpos e copos
Depois de bustos, cuspes e orgasmos
Meu sono ainda é casa para o teu.

J.M.N.

Um comentário:

Anônimo disse...

que bonito... melancolia belíssima que criou um poema maravilhoso.
Teu lirismo é digno dos mestres.
Amo te ler.

Bianca