Hoje me deu tristeza. Fui ver o que me diziam os olhos no espelho. O tempo tem passado sem perguntar questões simples. Tenho respondido como posso. Especialmente quando falo em silêncio, do silêncio dela. Esse eco quando me volta arrasa tudo. Apenas eu sai partido daquele encontro? Nada me deu socorro. E continuei com minhas perguntas caladas – ou ecoadas conforme me dita o silêncio dela. Talvez eu tenha ferido de morte um amor nascente. Talvez não tenhamos tido o tempo justo para saber mais coisas um do outro. Recorri ao livro de poemas e d lá tirei essa frase: Meu amor quando tira o dia pra chorar, não quer saber de mim. E vejo o céu do dia morrendo em minha janela e a certeza de que a distância é uma pérola já desfeita. Vou morrendo aos pouquinhos pensando nisso e penso na porta aberta da infância, a esperar pai e mãe me buscar no domingo. Eu nunca queria ir. É como me vem a vontade de agora. Não quero ir para essa morte lenta que me convence aos poucos, porque no fim das contas foi justamente ela que me ensinou a querer viver para continuar sentindo. J.M.N.
Um comentário:
sinto as palavras como se me sussurradas fossem ao ouvido...
um beijo grande
ana sofia
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