segunda-feira, 26 de julho de 2010

Olhos líquidos

Naquele dia nasci de novo
na liberdade que teus olhos causam
na calma do mar de esperanças, que é teu sorriso
teu calmo distrito de amores infantes

E quanto mais acredito na palavra
minha dona mais antiga e constante
entrego-me àquela memória
que me vem bem antes do sono
salvar-me da nódoa do desencanto

São os cristais de tuas imagens
me adornando
As lentes pelas quais vês o mundo
teus olhos doem-me na idéia
feito as ausências fazem doer minha memória

Teu sorriso esconde o que não quero
Vejo por tuas mãos o escorrer de meus medos
Senhora dos olhos líquidos e abundantes,
fica e equilibra meu sono vário
e tão sozinho
Indica a este caminhante,
como se faz para voltar ao seu caminho

Belém, 18 de dezembro de 2009

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