quinta-feira, 13 de maio de 2010

O ritmo da história que não contamos

Outro nome de monstro. Outra célula dividida. A intimidade toda dentro de um risco no nome dela. Outra mão que procura o lamento da pele. Outro ar que fecunda margaridas e páginas. Outra morte tentada, menor porção de uma aventura. Outro dedo apontado. Outra culpa e mais uma. Aquelas noites absurdas desejando voltar. Insanos na forma de se dar. Outro abismo, um luar. No balcão a espera. Outra vida se dá. Meu filho crescendo dentro dela. Minha hora de mudar as verdades. Outro razoável pacto de fidelidade e amor eterno. Outra semana de brigas. Outro castigo de Deus e eu ainda morto da lida. Outra forma de dizer até mais. Outro adeus que encurta com tantas lembranças. Do lado de fora já não andas enlaçada em meus dedos. No outro lado de mim, jamais sairás desacompanhada. J.M.N.

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