Perdoem-me os anjos
Menos cuidados além
Graças às estradas
Me corpo calcula
Com alguma precisão
Quietude e tempestade
Perdoem-me os meus
Menos lágrimas agora
A dádiva encontrada:
Vida, aberta e feroz
Como nunca pensaram
Vocês e como nunca
Eu pensei também
Perdoe-me a morte
Que vicejou anos
A esperar minha entrega
Graças a quem veio
E foi, é que me nutro
Graças a quem ficou
É que vou adiante
J.M.N.
Um comentário:
"Vida aberta e feroz".Como tem que ser, com tem que se viver! Esmorece-se de vez em quando, mas segue-se adiante. Vida em sua plenitude.
Gosto quando escreves coisas que tocam lá na fundo de modo tão singelo.
Te beijo, poeta!
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