terça-feira, 30 de março de 2010

Novo lugar

Repasso cada detalhe do que disse e nesse imenso inventar de desculpas e canções, encontro tesouros perdidos e mapas de terras distantes. Notas de uma viagem que iniciei há tempos e ainda não encontrara horizonte para findar. No primeiro terço da noite sozinha acontece de eu encontrar as tais memórias. Ela veio numa noite em que eu me esquecera o que significava estar completo. Aconteceu em minhas percepções e angústias da mesma maneira que nascem as flores mais lentas da natureza. Ela tinha um perfume novo de distração e eu sentia que estava entrando em nova idade, apenas por sentir aqueles seus trejeitos apontando em minha direção. Acordei para a realidade de dentro ao sentir saudade de coisas que de repente transformaram as minhas horas em finais constantes e quase tranco a porta para acender meu frio. Sozinho. Quando eu pensar nela pela manhã, sei que terei mais perguntas do que certezas e sei, também, que sua presença tem de ser agora, como uma de minhas mais necessárias tarefas matinais, como acordar, tomar um longo banho e ver se ainda há perguntas sem respostas por ai. J.M.N.

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa busca de que sempre falas é muito dura, porém necessária. Fico contente de ver que destes grandes passos.