quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Reizinho

para o Henrique, meu sobrinho, filho do Renato e da Fernanda

Teu nome enorme me expande. Aprofundaste-me sendo ainda de colo. Tive semelhanças ao te ver tão cuidado. E uma saudade não sei de quê. Sei que te erguerás. Essa nossa vida em comum promete ser mais insuperável que a minha com teu pai. Não teve palavras não. Apenas essa sede de te conhecer melhor que tive e com a minha cabeça de agora, essa certeza de querer te levar ao parque para tirar as dúvidas sobre os mendigos e sobre as aves de nossa cidade. Em maior grau és esta cola necessária a algum passado estropiado que tive. Assumiste minha porção de afeto indelegável. Tudo pronto. Chegaste e me tiraste do sono entre meus pares. Minha citadela está completa. Rezo para que tenhas paciência de ser o que a vida te determinar. Estarei por perto. Adjunto de uma função que se nos foi falha aos dois - teu pai e eu. Mas crescemos. E como nos sobrevivemos não sei. Mas estou feliz de que tenhamos conseguido. Ainda não te peguei no colo, não te dei alimento com a ponta dos dedos. Esse tempo chegará. E quando acontecer de me perguntares quem sou eu, terei imenso prazer em te dizer que sou irmão do teu pai. J.M.N.

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