segunda-feira, 4 de julho de 2011

Escrito ao luto de quem morreu em si ou sonha ser menos

Há quem diga que eu amei de menos e que meu sumiço foi um não sei quê de medo, de descompromisso. Há quem mate por ai meus beijos, havendo pouco de seu coração nisso, muito mais a boca, escassa de nossos desatinos. Há quem jure que eu morri primeiro, que a minha fome é maior que o mundo. Há quem se misture ao que escrevo e abomine as cartas que mando a ninguém. Há quem julgue de quem eu fui primeiro, pois dentro da vida não foi de mais ninguém. Há tumultos onde participo a enfrentar mentiras e sem jeito, afins. Há no mundo um lugar preciso, de onde partirá minha nau, abastecida de sorrisos e loucura à vontade. Há quem diga que eu sou um estúpido e que nesta vida, não há razão de ser a sede que sinto por mais um dia, por mais dez vidas dentro de um mesmo amor. Há quem diga que se esqueceu das palavras, mas elas, que aprenderam os erros e os absurdos, sempre dizem e sempre dirão, livres em si mesmas. Que enquanto tantos outros se ajuízam, meu juízo é perder o rumo, é chegar granizo no deserto triste, de outros que, como eu, esperam a vida como ela venha. J.M.N.

Trilha sonora do sensacional e quase esquecido Sérgio Sampaio, para quem decdico este texto e sobre cuja canção, estas linhas nasceram…

2 comentários:

Isoldinha disse...

Gostei tanto!

Anônimo disse...

...Se sonho fizesse sentido não seria sonho...Se a vida fosse fácil, não seria vida( seria sonho)se amar não machucase não seia amor ( seria amizade)...Então não desista daquilo que te faz realmente feliz, por que não sabemos quando será a última vez que veremos as pessoas que nos importam e que amamos...E curta cada palavra, cada gesto, cada demostração de carinho e retribua, porque a vida é bela quando sabemos vivê-la.Te amo.

Beijos.