domingo, 14 de março de 2010

Diário da tua ausência IX

Agora que o beijo é constante e as pragas enviadas supostamente pelos céus esmoreceram, pergunto fino na calada da noite: ainda tens o poema escrito que te fascinou noites atrás? É uma pergunta perdida. Uma retórica estúpida que pretende tão somente saber se ainda pensas naquilo tudo. E quero que saibas que tudo quanto ainda escrevo, faço por não te ter deixado morrer em meus escaninhos. E talvez seja esta minha maior inconformidade, pois no fundo sei que nenhum assassinato tiraria tua presença. Enquanto resolvo parte desse suposto saber que nomeia agora entre os homens de terra e plantas, vou enganando a fome da tua presença com mais páginas enviesadas de confissões e alardes. Como se fosse natural contar coisas depois da morte. J.M.N.

2 comentários:

Anônimo disse...

tanto tempo sem vir a ainda podemos encontrar coisas maravilhosas. Que bom que você não desistiu kkk.

Bjs,

Mônica

Anônimo disse...

esse texto é muito forte. Lindo demais.

Lia.