sábado, 16 de agosto de 2008

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                                            A Wagner e Edna, meus afilhados...

Antes pensava que era coisa rara, umas vezes fajuta, nunca simples ou graciosa. Uma espécie de decreto instituído numa nação para dois e que, segundo os pactos lá escritos, haveriam de mudar as vidas de ambas as partes, sem imposições, talvez até com mutualismos mais que Rousseaunianos. Um papel que às vezes traduz a coisa que se desprende dos olhos quando simplesmente eles se expressam - os olhares?

Eu estava lá. Vi os dois jurando e orando (talvez mais ela, do que ele! Não por seu pretenso ateísmo, mas por sua história, afinal alguns pais são insubstituíveis mesmo), dizendo sins à sua maneira tão peculiar. E vi naqueles olhos que se encontravam mais uma vez, a certeza de que os verei sempre nas mesmas órbitas, ampliando seu espectro de mundo aos olhos de seu pequeno astro-menina.

Fui testemunha. No papel firmei minha crença naqueles olhos que também me econtraram e me atrelaram existencialmente às suas histórias, dando-me quem sabe um capítulo e desfazendo minha personagem (só vós sabeis). Tive tanta sorte de os encontrar que estiveram à minha espera com sorrisos abertos, mesmo quando eu desacelerava o curso inexorável daquela sua conquista.

Queria que minha barata literatura escondesse a obviedade que é meu sentimento por vocês, que desse conta de lhes criar um cenário mais rico ou virtuoso, contudo, deixo de lado o ofício e aqui transcrevo o que lhes quis dizer com toda a pompa e circustância durante a cerimônia e diante dos seus, pois sei que o curso normal de seu encontro se encarregará dos afetos e da escritura dessa história, agora oficial.

Um comentário:

Wagner Dias Caldeira disse...

Eu fui apenas o mais feliz com a tua vinda. Quando te falei que te integrastes, não quis dizer que fostes simpático (pois isso já era esperado), queria dizer que fostes como um irmão que se aguarda pra conhecer. Mesmo sangue, mesma gramática. Não te falo isso mais como o amigo, falo por toda a família.

Em contrapartida, senti em ti também uma leveza, como que uma felicidade, um contentamento. Senti que era ali que querias estar, com aquele estranhos bandalhos, como quem, vi depois, tinhas tanto em comum.

Obrigado padrinho, amigo...