quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Solo

Dormindo bem, caminhando, tendo a saúde que nunca tive e findo. Desabrigado das coisas que mais celebram as verdades sobre o que sou. A solidão acrescendo décadas a cada dezembro. Entra ano, sai ano, as novidades são exatamente as mesmas. Uma tristeza. Quando calas hoje é por noção do que não dirás? Ou é por desistência? Ainda cheira bem essa memória. Um dia, quem sabe virá feito chorume. Até lá, saudarei todas as vezes que vier a mim a confusão de saudar-te e te querer morta no mesmo instante. Dentro da minha boca que liquefez nossa virtude, preparo mais um canto. Dessa vez o que cantar terá estrofes repetidas, notas com as quais se deve ter cuidado, como em Brhams, como em desesperos diários, como o consumo destruidor de quem sabe a substâncias proibidas. Desta vez seremos eu e eu mesmo a confrontar minorias existenciais e morais duvidosas. Se quiseres saber como acaba, prova meu equívoco. Se não, muito obrigado pelo que se foi. E adeus. J.M.N.

Para ler excutando…

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