quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Talvez teus braços me segurem

Sobre a música Valentine, Richard Hawley

Segure minhas idéias com teus braços e cante as canções que sempre me fizeram dormir. Descobri um vídeo em que celebrava teu sono. Não são necessários dias especiais para reconhecer o dialeto que traduzia nossa exclusiva entrega. O que sobra de mim e meus versos, entrego a ti. Apenas para manter a marcha das tuas realizações, assiste ao espetáculo dos fogos do dia santo e pede no silêncio dos braços que te servem agora: onde quer que me encontre, possa sempre lembrar daquele dia. O maior dos pertencimentos. Não se repete. No trânsito espero te encontrar fazendo manobras de estacionamento, parando em frente ao restaurante que freqüentas e sempre que canto tristezas no mar de céus anoitecidos, peço que me protejas das horas de solidão, quando o morno da saudade acerca minhas cicatrizes de batalha e o melhor dos vinhos envelhecidos não destrona minha vigília ou aplaca a rudeza de meus músculos que ainda te esperam. Tenho mais alguns cabelos brancos, cultivo as enfermidades que inventaste e receio que meu único medo desta noite seja de que não precises nunca mais de mim. J.M.N

Para ler escutando e depois ler aqui...

Um comentário:

Anônimo disse...

O pânico de sermos esquecidos. A dor de não se poder dizer tudo o que queríamos ter dito, pois, no fim, ainda temos muito o que escutar e aprender. Todas essas coisas encontro nessas linhas aqui. gosto demais do que tu escreve. Parabéns.

Abs,

M.C.D