Não se sabe do vivo
até que chore
Não se sabe do morto
até que expire
Não se sabe do cego
até a noite perpétua
Não se sabe do crime
até o castigo
Não se sabe da rima
até nascer o verso
Não se sabe do inverno
até o frio na espinha
Não se encontra o mistério
até desistir a razão
Não se sabe do afeto
até o convite do beijo
Não se sabe da espera
até que a porta seja aberta
Não se sabe estar presente
até que se experimente
a solidão de não estar.
J.M.N
Um comentário:
maravilhoso. o jogo de palavras, a compreensão do que é sofrer. teu blog é ótimo.
Bjs,
Ju
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