quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ela

Ó flor que denuncia
a existência de meu corpo,
dá-me outra vida.
Estrela benquista,
de minha pena,
de minha sorte.

Porquanto haja
o vigor noturno,
as valsas serenas,
as quietudes lunares.
Enquanto oceanos
azularem minha Terra

Reclamo a honra
da tua vinda.
Austrais cantigas
à tua fronte.
Recorro a fontes e missais.
Em reza, peço tua mão.

E nunca esqueço
da primavera,
estampa viva dos teus tecidos
e teu sorriso abrindo mundos,
repetindo os meus.
Peço que estejas.

Peço por ti.

Que já não há
razão de ser
sem te ter por perto.

(Cantídio)

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