segunda-feira, 6 de julho de 2009

Diário da tua ausência VII

06.07.09 (3:22 a.m.)

Foi o beijo que resolveu meu corpo. E descobri mais uma vez o quanto me fazes bem e infinito. Como vens mansa e depositas coisas que eu nem imaginava existir nessa ou em outra vida. O sono foi uma conseqüência feliz. Nunca houve melhor conformação para o descanso. Não ouvi os foles que anunciavam os meus combates medievais. Meus cavaleiros órgãos, sem disputa, sossegaram e deixaram acontecer a perfusão natural de meu sangue. Meu metabolismo irriquieto, bastou-se. Deixei que o suor corresse em segredo, apenas drenando as impurezas de que sempre me livras e os traços acordaram vivos e puros como em outra época de existir, que bem podia ser antes dessa, naquele sono antecendente de que me falou o poeta, onde tudo parece estar tranquilo e morto, mas na verdade é o ponto fulcral dos descobrimentos e das revelações. J.M.N

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