Vê o Tejo e suas águas
e me diz alguma coisa: o poema, talvez!
Atreve-te a lançar-te em naus
partindo de Belém para dentro
do mar
destino que nos navega
Às raias do horizonte
realinha teu curso
buscando Plêiades e Atena
nos bosques líquidos
destas palavras
segue Pessoa
a chorar pela terra encarnada
Se adernares ou te perderes nos mapas
não te preocupes
vou logo atrás, na Barca Solar
e depois que se deitar o inverno
haveremos de nos encontrar em Santa Cruz
E dos trópicos retintos, partir
em caravelas ou catraias
atrás de novos descobrimentos
Lisboa, 27.04.2004
J.M.N
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