segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Histórias para depois do sono V

Lembrete: parar além de Ceuta com seus dois céus mediterrâneos. Não ir a lugar nenhum enquanto dure um abraço. Os olhos impertigados de desventuras. Barcarolas ao longe me lembram o velho Francisco. Saudades dos portos conhecidos. Se vou adiante atrevo-me num mundo que nunca me quis e se ficar, posso até esquecer de onde vim. Qualquer vento por favor! É um pedido justo já que estou no limite. Ela voltou com água e docinhos estranhos. Deu-me um beijo e segurou a minha mão. – Vamos? Disse-me lenta. Eu fui. Ao longe, no outro lado, Gibraltar e a pungente existência dos amores e medos. Há terras que ainda ficarão desconhecidas e coisas em mim que nunca mais deixarão de existir. Como ela.

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