domingo, 28 de setembro de 2008

Caminhos

Hoje eu fui ao restaurante que você tanto gosta. Depois fui ao mesmo café daquele sábado, lembra? A padaria onde lhe vi naquela manhã, de relance, tornou-se um mirante inevitável. Saindo de lá, costumo ir à praça que queria te mostrar, tem o busto de uma mulher que é muito menos bela que você. Também tem a seleção de filmes idiotas, com os quais iríamos nos divertir em pijamas, caso não houvesse nada mais para se fazer na cidade. Sentei no mesmo banco onde aquele monte de palavras estranhas foi dito em silêncio, porque não houve tempo para fazê-las ter som algum. O lugar de que você me falou na ilha, lembra? Fui só. Não tinha cor nenhuma. Um dia, quem sabe, ainda lhe mostro essas coisas ou, quem sabe, simplesmente lhe ensino os caminhos e lhe convenço de o quanto é bom poder ir lá com essas lembranças.

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