sexta-feira, 16 de abril de 2010

Em nome de quem?

Não somos capazes da verdade. Antígenos, por natureza, causamos danos. Sentados ao paço de fronte, onde tudo inicia e acaba. Somos servos daquele que não tem nome. Um momento, uma mentira. Não temos hora nem dia. Tampouco estamos nos compêndios. Nossa história suplanta as demais, pois interinas de uma paixão violenta que a tudo sorve e bagunça. Não somos mais do que artifícios. Jogos de azar e culpas e rodízios. Somos artilharia pesada contra lanças e tacapes. Nossa antropologia desafia os tempos e não se faz preces para entes como nós. Somos ousados, intrépidos, malditos. Somos alérgicos ao que se acomete de dúvidas, de acomodação. Não somos nada. Somos a gana de estar embutidos nas paredes dos templos, recendendo a memória e felicidade. Somos momentos curtos demais para resistir. Na cauda do dragão de Jorge levantamos nossos nomes aos céus e como artífices de um mundo onde as verdades são sentidas, temos a força de proclamar nossas vitórias. Temos o dom de refazer nossos destinos. Somos os loucos de deus e vivos, apenas porque escapamos da eternidade. Apenas porque seguimos vivendo. J.M.N.

Um comentário:

Anônimo disse...

Neto voce e um poeta queria ser sua inspiracao
queria que voce escrevesse texto lindo e falasse palavras doce ao meu ouvido
sou sua admiradora
eu delirio nos seus textos.
beijos