domingo, 4 de abril de 2010

Confissão escapada

O chão da pele dela engravida minhas linhas
Pare antecipado nosso rebento
Tem húmus até para um cedro, o seu chão
É para mim, a fortaleza do caminho
Minhas mãos tocam esta estrada de dor e luz
E aquela, como ostra, ameaçada, se condói
Forja uma jóia, comprime o tempo
Preciosa tez com mil sentimentos
Tem vaga para abandono e
Silêncios colhidos para o perdão
Tem sujo e trapo e maldição,
Filigranas e alfenim
Desmonta minhas perguntas
O vivo de tocar nela reproduz
Sem calor ou culpa, desnuda reticências
E se coloca, novamente, dentro de mim.
J.M.N.

Pala ler escutando...

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo texto... gosto muito dessa composição de música e escrita. és mestre nisso.