domingo, 4 de abril de 2010

Depois da Insanos 90’ – Relicário 03.04.2010

Ontem fui à festa da Se Rasgum, Insanos 90’. Pela terceira vez tive a mesma impressão – Tô ficando velho. Não por não aguentar até de manhã ou por ficar exausto depois de mexer o esqueleto por meia hora (o que é verdade, acrescente-se), mas por ter desenvolvido a certeza (primeiro indicador de velhice) de que quanto mais ouço coisas novas (2º sinal) mais volto a buscar os clássicos (3º sinal).

Não obstante a fantástica oportunidade de reencontrar amigos sensacionais e rever gente que não sabia se ainda andava por aqui, além de ex-amores e quetais, ir para esta festa, em especial, contou com um ingrediente extra. Duas presenças realmente significantes no mar de noites sozinhas destes meus últimos dez dias – minha irmã Ana Clara e nossa “amiga” (já defini Lala) Laise.

Risadas, comentários mordazes, encontros inusitados (ou nem tanto). Um tigre portando um inefável senso de autoridade e certeza de ser atrativo e mais outras cenas inviáveis a uma completa paz na diversão a três. De qualquer forma, a noite foi sensacional e gostaria de expressar isso, especialmente deixando um grande abraço ao Marcelo damaso, meu companheiro no show do Echo and The Bunnyman em São paulo, anos atrás; Érico Oliveira, nosso hoster na saga do Belle and sebastian em 2001 e o Rui Oliveira, padrinho de minhas primeiras incursões como DJ na saudosa Atenas Rock, em 1996.

E depois desse revival de noventas, nada mais justo que continuar na trilha da década áurea de todos esses que citei (com exceção do Rui que já andava pelas quebradas desde os 80), de muitas das minhas mais adoráveis lembranças. Década em que fui pai pela primeira vez e tantas outras cenas dignas de retrospectiva.

Portanto, de dentro do baú do rock noventista, quatro coisas importantes demais para se ficar sem conhecer:

The House of Love é um clássico das pistas de dança de Belém na década de 90. Esta música, em especial, sagrou uma noite sensacional, onde eu, Velton, Rui, Marcos Blu, Cesar e Leoni, lançamos o fanzine What’s That Sound, numa noite que culminou com um beijo merecido que deveria ter sido dado no Ricardo lago, mas que, por obra do destino presenteou outra pessoa.

Pavement fez a cabeça de muitos de nós naqueles anos. A melhor lembrança que tenho desta música é a reunião no Puta’s Bar, perto do terminal rodoviário onde presenciamos uma cena que viria a se tornar tema de conto do Cesar para o WTS.

Into the Blue do geneva foi um hit duradouro da Atenas, passando a compor o set list da Jimmy Night em 1997. Foi de longe a melhor (ou única?) coisa boa que esta banda fez.

Junto com Into the Blue, Sometimes do James fechava uma das melhores sequências já feitas naquelas pistas. Boas lembranças. Muito boas. J.M.N.

4 comentários:

Ana Clara disse...

Tão bom ser presença concreta entre tantas memórias caras. Uma forma de estar contigo em vários tempos. Melhor ainda a certeza de poder estar nos momentos futuros, compartilhando memórias e novas passagens dignas de recordação.
Te amo.

Anônimo disse...

Ouvir estas músicas me fez viajar no tempo. me fez lembrar daquelas noites infinitas na Atenas, no Jimmy Night e antes de tudo isso, no Bali Bar da 16. Nossa é como um giro ao passado.

Bjs,

Rafaela Mendes

Anônimo disse...

Ah, lembrei que tinha uma hora em que a porta era liberada e as pessoas mais trashs da cidade entravam para dançar no Jimmy... Maravilhoso aquele lugar. Tantas coisas aconteceram.
Quem lembra do show do homem sem pecado?

Bjs,

Rafa.

Anônimo disse...

Caraca!
Nem acredito que encontrei pessoas que viveram aquelas festas maravilhosas da Jimmy Night e da Atenas...
E essas músicas? muito boas mesmo, lembrei de todas.

Um grande abraço,

Otoniel